24 Numerais
Algumas regras de utilização de numerais e afins no texto deste dicionário:
24.1 De um a dez,
por extenso (dois dedos; sete vidas; as dez pragas do Egito);
de 11 em diante, em algarismos (os 12 signos do zodíaco; as
12 tribos de Israel; os nossos 32 dentes), até 999. Mil pode
ser escrito com letras ou com algarismos, mas sempre com algarismos no caso
dos compostos do tipo 1.005, 1.407. Já no caso de 2 mil, 5 mil etc.,
inteiros, só se usaram algarismos antes da palavra mil. Sugeriu-se
usar esta fórmula mista também para a casa dos milhões
e bilhões: 10 milhões; 1 bilhão. Daí para cima,
a norma foi usar da exponenciação, para fugir ao problema da regra
dos 6N — partido unanimemente adotado pelos Estados-membros para o Sistema
Internacional de pesos e medidas na IX Conferência Internacional de Pesos
e Medidas em Paris (1949), de que o Brasil faz parte, segundo a qual passa-se
de milhão (1.000.000 ou 10)
à casa do bilhão pelo acréscimo de seis zeros (1.000.000.000.000
ou 10
), a
trilião pelo acréscimo de mais seis zeros (10
)
e assim por diante [O Brasil, porém, tal como os E.U.A. e alguns outros
países, ainda usa o bilhão como 10
(equivalente ao milliard francês), desrespeitando com isso a seqüência
estabelecida pelo SI, o que gera enorme discrepância nos números
grandes: na nomenclatura tradicional no Brasil, 10
é 1 septilião, enquanto pela dos 6N é 1 quatrilião.]
24.2 Ao iniciar a frase, porém, numerais sempre por extenso (doze profetas ditos menores estão citados no Antigo Testamento).
24.3 Os redatores foram instados a separar sempre, nos textos, as classes com ponto e os decimais, com vírgula (40.000 anos de arte; o dromedário difundiu-se pela África cerca de 1.500-500 anos antes de nossa era; 36,5 cm de juba).
24.4 Os milésimos das datas fogem a esta regra, por não levarem ponto entre as classes (1939; o dromedário difundiu-se no Cazaquistão por volta de 1700-1200 a.C.).
24.5 Quando se trata de aproximação numérica, usou-se escrever os numerais por extenso (quatrocentos e picos; sessenta e poucos anos; trinta e tantos anos).
24.6 Quando se fez referência a determinada medida, a instrução foi escrevê-la por inteiro, jamais usar seu símbolo (a unidade de medida da distância é o metro; as bananas se vendem a quilo).
24.7 No caso de a medida ser usada para quantificação, então abreviamo-la (São Paulo está a 400 km do Rio; compraram 2 t de cimento; 4 cm de fita; 80 km/h).
24.8 Percentagem: grafamo-las sempre com o símbolo %, depois de um espaço em branco.
24.9 Frações não decimais, escrevemo-las por extenso (três quartos, dois quintos).
24.10 Nos textos das acepções, preferiu-se repetir a medida quando mais de uma vez referida, para maior clareza de informação (nas borrascas, os ventos sopram de 104 km a 110 km; 2 cm por 3 cm).
24.11 Nos textos onde aparecerem informações horárias, o dicionário utilizou a fórmula empregada internacionalmente (14h; 3h15m12s).
24.12 Quanto aos ordinais, de primeiro (1º) a décimo (10º), tanto a forma numérica como a literal foram julgados aceitáveis, na dependência do lugar onde aparecessem. (No bloco de texto, por extenso, em campos como o da GRAM, ETIM etc., consideramos utilizável a forma numérica). De 11º em diante, preferimos a notação numérica, até 999º. De milésimo em diante, escrevemos por extenso (terceiro milionésimo, bilionésimo etc.).
24.13 No caso dos séculos, quando esta palavra estava ligada a algum algarismo romano, reduzimo-la a um s minúsculo, posto imediatamente antes do numeral: sXV. Quando se tratou de duas dessas datas juntas, o segundo s geralmente não foi usado: sXV e XVI. O mesmo, no caso de "entre os séculos tal e tal": entre os sXV e XVII.
24.14 Quanto aos graus Celsius e Fahrenheit, ° subido foi grafado sem espaços em branco: 20°C.
24.15 Datas com dia, mês e ano, o mês escrito por extenso:
24.16 Os milênios foram indicados por algarismos romanos (o nome Ebla já havia desaparecido dos registros escritos ao findar do II milênio).